Português e redação
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Português e redação para concursos públicos, Enem e vestibulares.

Por: @juciano
Redação: @redacaoplay

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CONCORDÂNCIA – É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO…

E aí, galerinha? ❤️

Em construções assim, com verbo “ser” explícito ou implícito, o adjetivo/particípio só irá variar em gênero se o substantivo a que se refere estiver determinado na frase, normalmente por um artigo ou pronome de sentido determinador. Exemplo:

– É necessária a manutenção.
– É boa aquela cerveja.

Se o substantivo estiver com sentido indeterminado, normalmente pela ausência de um determinante (artigo ou pronome, por exemplo), o adjetivo/particípio não irá variar. Exemplo:

– É necessário manutenção.
– É bom cerveja.

Por isso, as frases “Proibida a entrada” e “Proibido entrada” são corretas, pois equivalem, respectivamente, a “É proibida a entrada” e “É proibido entrada”. Portanto, “Proibida entrada” é construção incorreta, assim como “Proibido a entrada”.

Bons estudos! ❤️
HIPONÍMIA E HIPERONÍMIA

Se você teve infância, com certeza já brincou de “adedaaaaaanha”! Você se lembra de que a gente colocava no alto da folha assim:

Homem Mulher Cor Fruta Animal Objeto (...)

E, em baixo de cada um desses, colocamos nomes de homens, mulheres, cores, frutas, animais, objetos etc. Bem, voltamos à infância, não? O que eu quero falar com tudo isso? Em linguagem séria, estou falando de hipônimos e hiperônimos; você já brincou com hipônimos e hiperônimos na sua vida, sabia disso?

É o seguinte: o hiperônimo é uma palavra cuja significação inclui o sentido de diversas outras palavras, é uma palavra que se refere a todos os seres de uma “espécie”:

Animal é hiperônimo de gato, tartaruga, burro, boi etc.
Fruta é hiperônimo de laranja, uva, maçã, morango etc.

Já o hipônimo é uma palavra de significação específica dentro de um campo de sentido:

Fernando, José, Saulo são hipônimos de homem.
Azul, amarelo, branco são hipônimos de cor.

Portanto, o hiperônimo é uma palavra que abarca o sentido de outras palavras, é mais abrangente; o hipônimo, por sua vez, tem o sentido mais restrito em relação a um vocábulo de sentido mais genérico. Há entre esses conceitos, portanto, uma relação de hierarquia.
ELE TEM UM ÚNICO TALENTO E ELE TEM UM TALENTO ÚNICO

Em língua portuguesa, nem sempre a ordem dos adjetivos altera o sentido da frase. Uma "linda casa" e uma "casa linda" criam quase a mesma ideia, com a diferença de que talvez "linda casa" soe um pouco mais poético ou enfático.

No entanto, há casos em que o sentido muda completamente.

O "pobre homem" é um coitado, enquanto o "homem pobre" é um homem que tem pouco dinheiro.

Uma "pessoa nova" pode ser alguém jovem, ao passo que uma "nova pessoa" pode indicar alguém que viveu uma mudança positiva, alguém que se sente renovado. "Velho amigo" é um amigo de longa data, enquanto "amigo velho" tende a indicar um amigo idoso.

A mesma lógica vale para "grande mulher" e "mulher grande", "qualquer pessoa" e "uma pessoa qualquer" e assim por diante.

Também temos exemplos no campo dos palavrões: uma "puta médica" é um elogio, enquanto o contrário provavelmente seria ouvido como algo pejorativo.

No título, "único talento" significa que a pessoa só tem UM talento, ao passo que "talento único" indica um talento especial, singular, ímpar, sem igual.

Legal, né? 😊 Bons estudos! ❤️
CRASE NO INÍCIO DE FRASE

E aí, galerinha? 😊

Existe um mito de que não se começa frase com crase. Isso é um completo absurdo!!! Veja:

– À noite todos os gatos são pardos.

– À frente da loja iniciou-se uma briga violenta.

– À medida que estudo, mais aprendo.

Algumas bancas de concursos têm criado questões de crase com frases que aparentemente teriam de começar com o artigo “A(S)”, mas que começam por “À(S)”. Como a tendência é achar que o sujeito sempre vem antes do verbo, o candidato acaba achando que não pode haver “À(S)” iniciando uma frase.



Bons estudos! ❤️
Uma maneira prática para saber usar onde ou aonde é perceber se o verbo da frase indica noção estática ou noção dinâmica. Veja:

Aonde você mora? (errado)
Onde você mora? (certo; noção estática)

Onde você foi? (errado)
Aonde você foi? (certo; noção dinâmica)

Bons estudos! ❤️
5 PALAVRAS QUE QUASE TODO MUNDO PRONUNCIA ERRADO:

https://www.youtube.com/watch?v=3dBRKl-_aXY
DEVIA E DEVERIA

DEVIA e DEVERIA são duas formas verbais do verbo DEVER, ambas no modo indicativo. Em geral, as orientações sobre elas não são muito claras, mas podemos chegar a algumas conclusões úteis. Leia até o fim para entender algumas diferenças e o pulo do gato! 🐈

DEVIA é a conjugação do tempo pretérito imperfeito. Quando usamos esse tempo verbal? Quando queremos descrever um fato que teve alguma duração no passado. Veja com esse e outros verbos:⁣

• Eu BRINCAVA muito de boneca na minha infância.⁣
• Minha família VIAJAVA para a praia todos os anos.⁣
• Eu não ESTUDAVA tanto quando era mais novo.⁣
• Eu DEVIA dinheiro ao banco, mas já quitei a dívida.⁣

DEVERIA está no futuro do pretérito. O que isso significa? Que ele, em geral, indica algo que poderia ter acontecido, não fosse um outro evento/motivo. Veja:⁣

• Se eu tivesse estudado, eu ESTARIA mais tranquila.⁣
• Se não fosse pela pandemia, eu VIAJARIA este ano.⁣
• Eu CANTARIA em coral se houvesse algum na cidade.⁣
• Se eu quisesse mesmo o emprego, eu DEVERIA ter estudado mais.⁣
• Se eu não tivesse me programado, eu ainda DEVERIA para o banco.⁣

Atenção para uma diferença de sentido:⁣

A. “Deve haver protestos hoje”: sugere possibilidade.⁣ (Aqui usamos o presente para contraste com o "deveria".)
B. “Deveria haver protestos hoje”: sugere opinião (de alguém favorável à ocorrência de protestos).⁣

No entanto… 🐈

Tenho visto recomendações de que “devia” e “deveria” sejam intercambiáveis em alguns contextos, com a diferença de que “devia” é sentido como informal e “deveria” é sentido como mais formal. A forma “deveria” continua sendo preferível, mas “devia” é uma opção coloquial (muito comum no dia a dia, aliás). Nesses casos, portanto, teríamos:⁣
• Ela treinou e devia/deveria ter ido melhor na prova.⁣
• Eu devia/deveria ter dito a verdade, mas me acovardei.⁣
• Que estranho! Ela já devia/deveria ter chegado.⁣

Bons estudos!
FRASE DE PRODUTOS DO DIA A DIA

E aí, galerinha? 😊

Que frase abaixo dá margem à ambiguidade? Quais frases estão gramaticalmente corretas?

1. Agite, bem antes de usar.
2. Agite bem, antes de usar.
3. Agite bem antes de usar.

GABARITO!

Todas estão gramaticalmente corretas porque não há erro de pontuação, e só a última dá margem à ambiguidade, pois, sem vírgula alguma na frase, pode-se interpretar que é para agitar muito tempo antes de usar (frase 1) ou para agitar com intensidade antes de usar (frase 2).



Sacou? Bons estudos! ❤️
APOLOGIA A ou APOLOGIA DE?

Depois de muito pesquisar, encontramos duas fontes seguras (Francisco Fernandes e Celso Pedro Luft) que atestam ambas as regências nominais do substantivo APOLOGIA.

Alguns dizem “Não faço apologia ao tráfico”, outros dizem “Não faço apologia do tráfico”. Afinal, qual é o certo?

Ambas as regências são corretas: apologia A ou DE. O Luft defende “apologia de”; o Francisco Fernandes defende ambas (“apologia a ou de”).

Portanto, fique à vontade para usar ambas, pois a língua culta atesta as duas regências.

Bons estudos! ❤️
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MERONÍMIA E HOLONÍMIA


O conceito de meronímia trata de palavras que representam a parte de um todo, ou seja, a palavra pneu mantém uma relação de sentido com a palavra carro, pois aquele constitui este. Portanto, assim como pneu é um merônimo de carro, dedo é de mão, braço é de corpo, tecla é de computador etc.
Adivinha quais são os holônimos! A holonímia trata de palavras que apresentam uma ideia de todo em relação a suas partes. Por exemplo, a palavra porta é holônima de maçaneta, que, por sua vez, é merônima.

Bons estudos!
PARÁFRASE

É uma reescritura em que se ratifica, positivamente, a ideologia do texto original, ou seja, é dizer o mesmo com outras palavras:

A escola, embora não tenha plena consciência do processo que desencadeia, é a base para a evolução profissional do ser humano.

As instituições de ensino, apesar de não se darem conta da interferência na psique alheia, são o alicerce do desenvolvimento secular do homem.

Bons estudos! ❤️
MALGRADO / (DE) MAU GRADO


A forma malgrado (preposição acidental: antes de verbo no infinitivo; ou conjunção subordinativa concessiva: antes de verbo no subjuntivo) equivale a “apesar de, embora”; já (de) mau grado é uma expressão formada por “(preposição) + adjetivo + substantivo” e indica má vontade, contra a vontade.

– Malgrado não ter estudado suficientemente, passei em terceiro lugar.
– Malgrado não tenha estudado suficientemente, passei em terceiro lugar.
– O advogado fez as tarefas diárias de mau grado.
– Mau grado meu, trouxe o amigo consigo.

Bons estudos! ❤️
SEQUER / SE QUER

Sobre sequer, é uma palavra que significa “ao menos, pelo menos”.

Muito usada em frases negativas, mas não substitui o “não” ou “nem”, que devem aparecer antes de “sequer” em frases negativas; às vezes é precedida pela preposição “sem”.

– Não havia sequer um aluno em sala de aula.

– O homem nem sequer se dignou de responder a minha solicitação.

– Tudo se arranjaria se ambos tivessem sequer um pouco de boa vontade.

– Não deixou cair uma lágrima sequer.

– Sem sequer ter atravessado a rua direito, foi atropelado.

– Sequer um carro de polícia funcionava naquela maldita cidade. (errado!) / Nem sequer um carro de polícia funcionava naquela maldita cidade. (agora sim!)

– O pseudomédico sequer possuía diploma de ensino médio. (errado!) / O pseudomédico nem sequer possuía diploma de ensino médio. (agora sim!)

Já se quer é a união da conjunção subordinativa condicional se + quer (3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo querer), equivalendo a “se desejar”.

– Se quer tanto aquela sonhada vaga, empenhe-se... e gaste dinheiro.

– Eu comprei aquele suco de que você falou; se quer, basta me avisar.

Bons estudos! ❤️
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FAZER COM QUE / FAZER QUE

Tanto faz. Vasco Botelho de Amaral, Domingos Paschoal Cegalla, Francisco Fernandes, Evanildo Bechara, Cláudio Moreno e muitos outros defendem ambas as formas como cultas, no sentido de “provocar, acarretar, influir, conseguir”. A preposição é expletiva ao iniciar objeto direto.

– A minha boa sorte fez (com) que não perdesse o avião...
– A presidenta do país fez (com) que os demais políticos mudassem de opinião.
– Esta postura só fará (com) que seus pais briguem com você.
– O professor fazia (com) que toda a matéria fosse fácil se assimilar.

Bons estudos! ❤️
POR QUANTO / PORQUANTO

Por quanto refere-se à quantidade, valor; porquanto é uma conjunção explicativa ou causal e equivale o mesmo que pois.

– Por quanto vocês me venderiam este livro?
– Estudo cinco horas por dia, porquanto me é suficiente.

Bons estudos! ❤️
A PAR DE / AO PAR DE

A forma a par de é o mesmo que “estar ciente de”; ao par de equivale a “pareado”, na área da economia.

– Por que nunca fico a par dos assuntos desta empresa?

– Um dia, o Real estará, de fato, ao par do Dólar?

Bons estudos! ❤️
Está ______ de namorar comigo?
Anonymous Quiz
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a fim
50%
afim
DESDE DA ADOLESCÊNCIA, LUTAMOS POR UM IDEAL. 🤔

Cuidado! Não se usa a preposição "de" depois da preposição "desde". Logo, o certo é "Desde a adolescência, lutamos por um ideal ".

Bons estudos! ❤️